sexta-feira, março 31, 2006

Filipe, hoje não saias de casa

Saio de casa, já um pouco atrasado e dirijo-me à bomba ali do Feijó, até porque o meu carro não anda a água. Como tenho noção dos meus problemas financeiros, entro em modo pré-pagamento e vai de pedir 5 euros de gasóleo, 1 tuga vermelho e um café antes de abastecer. Passa cartão, recusado! E eu "mau, queres ver que me cobraram os 20 euros do cartão de crédito?". Passa novamente, recusado. A mulher lança então daqueles olhares como quem lhe deve alguma coisa, e com razão porque eu já tinha metido o tabaco ao bolso. "Uma última tentativa?" sussurra, como quem tinha plena noção que a situação era algo embaraçosa. Nada! Bom, sigo o meu caminho e venho para casa consultar a caixadirecta de forma a detectar a anomalia. Sim, os cabrões cobraram-me 20 euros que devia mas subitamente reparo num depósito. Ou seja, enquanto vinha da bomba (que é coisa para demorar 5 minutos) voltei a ter dinheiro na conta. Coisa que eu acho fantástico só de si. Mas espera, isto não fica por aqui.
Saio imediatamente de casa, em modo speedy gonzales, vou a Corroios numa tentativa de levantar o máximo de dinheiro possível antes que algo pudesse correr mal. Meto o cartão na ranhura, introduzo o código, levantamentos, 30 euros. *Lamentamos mas o seu saldo não lhe permite levantar essa quantia*
"Ai o caralho!" exclamo com alguma sonoridade.
Entro no carro, que ainda só não começou aos soluços sabe deus como, bato com os cornos na porta e venho para casa mais uma vez consultar a caixadirecta. *Débito - 35 euros*
Do que caralho? Não sei, juro que não faço a minha ideia. Cenas do arco da velha!
Moral da história - Alguém não quer que eu hoje saia de casa. Ou então, os gajos da cgd divertem-se à minha custa.

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